Dando continuidade a série de debates com os pré-candidatos ao Governo do Estado, Moína Produções participou da produção do evento com 15 profissionais para apoio técnico realizado em 05/05/2014 no Rio de Janeiro. O encontro dessa vez foi com o Marcelo Crivella. Dia 14/04/2014 nosso encontro foi com o Antony Garotinho.
O encontro com o senador Marcelo Crivella fez parte de um ciclo de debates promovidos pelo TI Rio que reuniu pré-candidatos, empresários e lideranças da área Tecnologia da Informação. Na ocasião, os empresários tiveram a oportunidade de discutir os principais problemas do setor e de conhecer o plano de governo de cada político.
Se dependermos do volume de verbas de apoio da Faperj, não vamos chegar a lugar algum. Foi com essa afirmação que o pré-candidato ao governo do Estado, Marcelo Crivella, iniciou o debate com empresários e lideranças do setor de TI, promovido pelo Sindicato das Empresas de Informática (TI Rio). Conforme declarou o parlamentar, os R$ 5 milhões destinados pela fundação para apoiar 50 projetos inovadores em tecnologia da informação são irrisórios, afinal de contas uma área estratégica necessita de maiores aportes.
A respeito de um futuro mandato, Crivella adiantou que irá convidar o ex-deputado Luiz Alfredo Salomão, para ajudar a traçar uma política que beneficie o setor de Tecnologia da Informação e coloque-o de volta a vanguarda do Brasil.
Na sequência, o presidente do TI Rio e mediador do evento, Benito Paret, acentuou a importância do investimento na área de tecnologia, como propulsora de vários outros setores, e dando continuidade iniciou a rodada de perguntas com o parlamentar.
O representante da Federação Nacional das Empresas de Informática (Fenainfo), Márcio Girão, foi um dos primeiros a se pronunciar e antes de perguntar, fez um breve resumo da Lei da Informática, lançada para incentivar o desenvolvimento de Institutos de P&D (Pesquisas e Desenvolvimento) no Brasil, e ressaltou que os recursos estão sendo aplicados internamente, o que gera pouca tecnologia e cria laboratórios de primeira qualidade nas empresas multinacionais que atuam no país.
“Muitos deles se orgulham em empregar os nossos mestres e doutores, então essa lei acaba sendo um pouco perversa por que pega os nossos melhores profissionais e os coloca a serviço dessas empresas com os nossos impostos”, afirmou o presidente da Fenainfo.
Após fazer um breve resumo, Girão foi enfático na renovação da Lei da Informática e apresentou a proposta da Fenainfo para fazer com que os incentivos desta norma também sejam voltados para o desenvolvimento de software, juntamente com a emenda que a entidade pretende incluir nas PECs 103/11 e 506/10. Vale lembrar que ambas são voltadas para a prorrogação dos benefícios da Zona Franca de Manaus. Em seguida, o futuro candidato ao governo do Estado se comprometeu a apoiar as iniciativas mencionadas.
O empresário e diretor do TI Rio, Belisario Augusto de Souza, questionou ao parlamentar sobre a criação de novas equipes para tocar projetos como o ‘Cidades Digitais’, por exemplo, já que o Partido Republicano Brasileiro (PRB) ainda é pequeno e depende de outros.
“Nós resolvemos criar o PRB sabendo de todas as controvérsias e dificuldades que a criação de um novo partido no Brasil pudesse ter. Desde então, passamos a estabelecer metas e a imaginar um Brasil para o ano de 2022. Criamos junto ao nosso partido uma comunidade para estudar esse país tecnicamente. Uma das metas para os próximos oito anos, é transformar o nosso país no quinto maior produtor do mundo de serviços de TI. Nossa vantagem hoje é não termos uma ligação viciada com partidos que comandam o país e se elegem por meio de negócios com as empresas ”, respondeu Crivella.
Além de falar da Tecnologia da Informação, o ministro também não poupou críticas às atuais medidas de segurança adotadas no Estado. Principalmente, às Unidades de Polícia Pacificadoras (UPP) instaladas nas comunidades do Rio de Janeiro.
Outra importante questão mencionada pelo ministro foi a situação precária que se encontra a saúde.
“Não tem lógica um Estado rico como o Rio de Janeiro sofrer com problemas de Saúde os quais não vi em meus dez anos de missionário na África. Enquanto todos os outros estados da nação aumentaram o investimento na Saúde em 38,5%, o Rio investiu apenas 25%. Isso não tem lógica”.