Moína Produções participou da produção do evento com 13 profissionais para apoio técnico realizado em 14/04/2014 no Rio de Janeiro. O encontro com Anthony Garotinho foi o primeiro de uma série que será promovida pelo Sindicato das Empresas de Informática do Rio com os candidatos à corrida ao governo do Estado.
O pré-candidato do PR ao governo do Estado, Anthony Garotinho, não poupou críticas ao governo estadual durante encontro com empresários e lideranças do setor de Tecnologia da Informação (TI) na manhã desta segunda-feira (14). Garotinho também defendeu uma maior atenção ao setor e pediu apoio do segmento para que a prorrogação da Zona Franca de Manaus (PEC 506/10) aconteça de forma conjunta com a da Lei de Informática.
A PEC foi aprovada em primeiro turno pela Câmara dos Deputados em março, porém o texto ainda precisa ser votado em segundo turno antes de seguir para análise do Senado. Segundo Garotinho, a aprovação da proposta, sem a prorrogação da Lei da
Informática, seria “mortal” a indústria da tecnologia da informação dos demais Estados.
"Não tinha como evitar a aprovação em primeiro turno, mas podemos pressionar para que a presidente Dilma aprove a Lei de Informática. Defendemos uma ação conjunta porque se der liberdade total de isenção fiscal à Zona Franca de Manaus e prorrogá-la por 50 anos, como propõe o projeto inicial, vai todo mundo se mudar para lá. Numa reunião com Guido Mantega, ministro da Fazenda, propus 20 anos de renovação para a região e 20 anos para Lei de Informática", explicou o ex-governador.
Durante o encontro, o presidente da Federação Nacional das Empresas de Informática (Fenainfo), Márcio Ellery Girão Barroso, sugeriu ao parlamentar a revisão da Lei da Informática, para que ela também possa beneficiar não só o segmento de hardware, mas também o de software. Reforçando o pedido, o presidente do TI Rio e mediador do evento, Benito Paret aconselhou o pré-candidato a realizar uma Audiência Pública em Brasília para que possa se discutir o tema e enfim, beneficiar de fato o desenvolvimento do setor de
software no Brasil.
“Este é um momento adequado para reunirmos as lideranças do setor e colocarmos em prática nossas ideias políticas, pois nós não nos sentimos beneficiados, a Lei da Informática é apenas a lei do hardware e não do software, enfatizou Paret.”
Ao ser provocado pela pergunta de uma empresária do setor que cobrou uma atenção mais específica do governo do Estado do Rio, Garotinho disse.
"Quando fui governador, há 15 anos, a área de TI era importante, mas não demandava um espaço específico dentro do governo. Atualmente, a internet está na palma da mão das pessoas e o suporte precisa acompanhar essa evolução. Me comprometo, caso seja eleito, a criar uma política articulada de desenvolvimento do setor de TI que contemple uma secretaria ou departamento para cuidar especificamente desse assunto".
Anthony Garotinho falou ainda sobre a importância do setor de TI para o Estado do Rio e sobre o volume de recursos destinados ao financiamento da área.
"Nós respeitamos o setor, nós acreditamos no setor, mas infelizmente o tributo talvez mais importante para vocês, que é o ISS, não é de competência nossa e sim de competência municipal. Mas, o ICMS, os financiamentos também são importantes.
Nós temos a Invest Rio, agência de desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro, onde nós financiamos alguns setores importantes, porém a carteira, de uma maneira geral, é limitada. O que é destinado hoje ao investimento da área é uma vergonha. Pela importância que o setor de TI adquiriu ele precisa e merece um volume maior de recursos e de financiamentos", salientou o parlamentar.
Em seu discurso, o ex-governador também citou alguns programas desenvolvidos em seu mandato e que serviram de referência nacional, como Universidade a distância, Delegacia Legal, Modernização Fazendária e Informatização das Escolas.
Na sequência, Garotinho pontuou alguns compromissos, caso seja eleito, para com o setor de Tecnologia da Informação.
“Primeiro, eu assumo o compromisso que em minha gestão, o setor será tratado de forma profissional. Segundo, vamos aumentar e estabelecer um percentual de investimento para o setor. Terceiro, iremos encontrar algum tipo de incentivo na área do ICMS. E quarto, vamos fazer uma política de compras governamentais que fortaleça o setor que está instalado no Rio de Janeiro.”
Durante o Café da Manhã, que durou quase duas horas, o deputado também abordou temas de interesse comum, como: reformulação das UPP’S, educação e qualificação dos professores, volume de dívidas do Estado e gastos com a Copa do Mundo.