Independente da raça, do biótipo, do propósito da coreografia, o que prevalece no Kataklò é a sintonia. Um resgate da memória das provas mundiais com o desejo individual de se expressar livremente.

A coreógrafa Giulia Staccioli tempera essa verdadeira desconstrução dos tempos de estádio com humor. O que antes poderia ser interpretado como “fora de Lei”, agora ganha aplausos e desperta admiração. Como se o ato de criar produzisse outro tipo de dança, próxima de uma indisciplina necessária para ser carismático e autêntico.

Kataklò

Nome grego que significa: eu danço dobrando-me e contorcendo-me. O Kataklò Athletic Dance Theatre surgiu em 1995, em Milão, através da parceria entre Giulia Staccioli, e Andréa Zorbi. Ela, campeã olímpica de ginástica rítmica e com rápida passagem pelo Momix; ele, jogador de vôlei, três vezes campeão europeu e duas vezes campeão do mundo. Junto a mais oito atletas de expressão no globo, já no primeiro ano, garantiram o convite para participar da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Sidney. Hoje, o grupo se divide em apresentações pela Itália e toda Europa. Possui ainda o próprio teatro, o Spazio Studio K.

Play – a mais recente montagem do grupo, na primeira visita ao Brasil

Definido como o manifesto artístico do Kataklò pela própria Giulia Staccioli, a proposta perpassa por várias modalidades esportivas e seus treinamentos, num mix de poesia e ironia – característica do grupo.