O café da manhã recebeu a pré-candidata à Prefeitura do Rio Carmen Migueles. Esta é a quinta edição do debate, que já contou com Marcelo Freixo, Marcelo Crivella, Carlos Osorio e Jandira Feghali. O evento aconteceu no dia 1º de agosto de 2016 e reuniu empresários de TI para discutir assuntos do setor na cidade e conhecer as propostas da convidada.
Moína Produções participou da produção do evento com 7 profissionais para apoio técnico.
Doutora em Sociologia das Organizações, mestre em Antropologia do Consumo, graduada em História pela PUC-RS, Migueles e a pré-candidata pelo Partido Novo. Atualmente, Migueles é professora da Fundação Getúlio Vargas e Diretora da empresa de consultoria Symbállein Consulting Company. De experiência pública tem passagem de três anos como Secretária de Cultura do município de Duque de Caxias, entre janeiro de 2004 e junho de 2007.
O encontro reuniu empresários e lideranças do setor de tecnologia para discutir a situação da TI (Tecnologia da Informação) na cidade e conhecer um pouco mais sobre o partido e sobre a pré-candidata, que pela primeira vez concorre a um cargo político.
Migueles abriu a sua apresentação falando sobre as motivações que levaram a fundação do partido e sobre a sua decisão de ingressar na carreira política.
“As pessoas não se sentem representadas pelos partidos existentes hoje. Identificamos duas coisas: a necessidade de levar novas pessoas para a política e a ausência de um partido que empregasse as mesmas ideias do Novo. A nossa conclusão é que quando o Estado começa a ficar grande o suficiente para sufocar a sociedade civil é necessário que a sociedade se levante e diga não, espera aí, vamos abrir esses espaços de participação. Nós precisamos apoiar o empreendedorismo, nós precisamos facilitar a vida das empresas, nós precisamos criar arranjos produtivos locais mais efetivos, precisamos retomar uma rota de crescimento e prosperidade. É isso que motivou a fundação do Novo e é isso que me motiva a concorrer à prefeitura”, afirmou.
Durante a sua exposição, a pré-candidata adiantou as prioridades do seu plano de governo e defendeu claramente uma maior autonomia e liberdade do indivíduo e a redução das áreas de atuação do Estado.
“Nós do partido Novo acreditamos profundamente nesta questão do Estado ter que ser muito mais um articulador, um fornecedor de serviços fundamentais de saúde, educação, segurança e Justiça. Nós achamos fortemente que o Estado não deve operar nas outras áreas, ele deve abrir espaço para a iniciativa privada. Nós do partido Novo acreditamos que conseguiremos resolver o problema dos salários baixos na saúde, educação e segurança se desregularmos o mercado e abrirmos espaço para a prosperidade”, confidenciou.
A diminuição da carga tributária de forma que fomente o empreendedorismo local e consequentemente permita que o município arrecade mais foi mais uma das questões defendidas por Carmen Migueles.
“Não acreditamos que é possível aumentar a arrecadação aumentando impostos como o ISS (Imposto sobre Serviço) e sufocando a produção de valor. A desregulamentação dos setores fundamentais para a alavancagem e o papel da prefeitura colocando em debate os desafios do desenvolvimento local e criando fóruns de discussão para que o governo do Estado e a União participem desse projeto de facilitação da vida do empreendedorismo no país são questões centrais do planejamento do partido para a cidade”.
Carmen Migueles também abordou os principais problemas que o Rio de Janeiro enfrenta hoje, em especial, nos serviços tidos como essenciais, saúde, segurança e educação e defendeu que é fundamental repensarmos a cidade. A pré-candidata afirmou ainda ter como missão nas eleições 2016 fazer uma campanha de defesa de ideias e defesa da possibilidade do cidadão retomar um espaço na política.
“A nossa campanha terá uma pegada educativa nessa primeira entrada e de esforço de formação de coalizão a fim de trazer pessoas para o nosso lado que acreditem na importância de um Estado mais eficiente, enxuto, transparente e uma sociedade civil com mais capacidade competitiva, com menos barreiras, menos impostos e menos restrições”, concluiu.
A professora também fez duras críticas ao Fundo Partidário e disse não concordar com a distribuição de recursos para partidos. Segundo a pré-candidata, o Novo estuda a ideia de utilizar o Fundo Partidário para fazer campanha contra o próprio fundo. Atualmente, o partido é composto por cidadãos comuns e é financiado somente com doações de pessoas físicas.
A importância da TI também foi destacada pela pré-candidata.
“O papel da TI no ganho de competitividade tanto da economia quanto do Estado é fundamental. Você não consegue falar hoje sobre romper a barreira da competitividade sem uma organização da inteligência das informações, e nós estamos aqui para dizer que essa também é uma causa do partido Novo”.