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Para o maestro Isaac Karabtchevsky, que assumiu a direção artística do grupo no início do ano, ao interpretar a complexa partitura de O Pássaro de Fogo, a Sinfônica Heliópolis ratifica seu crescimento como orquestra. “Novos desafios nos esperam em 2012 e estou convicto de que a orquestra saberá enfrentá-los com garra e determinação”, completa.

Além da chegada do maestro, o Instituto Baccarelli realizou significativas mudanças na orquestra em 2011. A temporada de seis concertos na Capital seguiu o modelo das orquestras profissionais, um dos objetivos idealizados pelo Instituto.

Além disso, a orquestra fez um concerto histórico em Paulínia (SP), ao lado da Orquestra Jovem da Filarmônica de Israel, sob regência do maestro indiano Zubin Mehta, seu patrono e admirador declarado. E apresentou-se ainda ao lado do cantor Mike Patton (vocalista da banda norte-americana Faith No More) em outubro, no festival Rock In Rio, no show “Mondo Cane”.

O repertório da Sinfônica tornou-se mais diversificado, abrangendo desde obras barrocas até peças da música contemporânea. O grupo também evoluiu em termos artísticos e pedagógicos, com uma carga horária mais intensa e um modelo de ensaios mais exigente e eficiente. A nova fase ainda incluiu um aumento gradual do auxílio financeiro aos músicos, baseado na meritocracia.

Reflete o resultado da estrutura de ensino sólida oferecida pelo Instituto Baccarelli e alavanca retorno de identidade impactante para a comunidade que leva em seu nome. Atingiu a conotação de um grupo artístico de qualidade, preparado para tocar junto a grandes solistas brasileiros e internacionais, como Erik Schumann; ou artistas populares brasileiros, como João Bosco.

Isaac Karabtchevsky

Isaac Karabtchevsky
Nascido no Brasil, de pais russos, o paulistano Isaac Karabtchevsky é o atual diretor artístico do Instituto Baccarelli e da Orquestra Petrobrás Sinfônica (RJ). Já atuou como diretor artístico da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (2003-2010), Teatro La Fenice (1995-2001), Orquestra Tonkünstler de Viena (1988-1994) e Orquestra Sinfônica Brasileira (1969-1994). Também foi diretor musical da Orchestre National des Pays de la Loire, entre 2004 e 2009 e do Theatro Municipal de São Paulo.

Isaac idealizou também o Projeto Aquarius, série de concertos ao ar livre que teve por objetivo criar um novo público para a música clássica do país. Já sua carreira internacional o levou a dirigir concertos e óperas em palcos de grande prestígio, como a Staatsoper e o Musikverein, de Viena, o Concertgebouw, de Amsterdã, o Carnegie Hall, de Nova Iorque, o Royal Festival Hall, de Londres, a Salle Pleyel, de Paris, e a Academia Santa Cecília, de Roma, além de festivais
como o Musica Riva.